Não é apenas impressão. Sei que estou assim, não muito bem. Plantei a sementinha da dúvida, e vi nascendo a certeza. Não no meu jardim, porém em um outro. Estou aqui do lado torcendo para que germine e dê bons frutos para quem o plantou. Dizem que a gente colhe o que planta. Eu sei o que estou colhendo, ou melhor dizendo, o que não estou. Meu consolo é saber que o jardim do vizinho é sempre o mais verde. Dessa forma, sendo suficiente eu admirá-lo. E ainda quem sabe não me inspirar nele? A gente aprende assim, colhendo frutos secos, ou nem os vendo brotar. Tentando arrancar para longe as ervas daninhas que insistem em se multiplicar. Ou até mudando o adubo e a forma de aguar. Até cair a ficha que, o que está errado não é isso, e sim o que está sob a terra. Enquanto a minha sementinha não me dá frutos saborosos, estou aqui, esperançosa, para que um dia ainda se surpreendam com a beleza do meu jardim. E, enfim, eu acalme a minha alma indecisa.
Ter que fazer por onde.
Ter que fazer por onde.