Tenho um dia. Na verdade tive, pois a madrugada é um período indeterminado. Intermédio paradoxal e silencioso morada das almas empoeiradas. Tenho também uma chuva humilde e singela tentando sarar as dores dos corações. Ou inflamá-las. Inflamá-las até que o rugido de uma porta seja capaz de causar taquicardia. Até lembrar-te que o amor está tão próximo de você quanto o Oiapoque do Chuí. Tenho a vergonha do sol, a vontade natural, o soar das ondas do mar infiltrando na areia repleta de conchas multi coloridas. Um dicionário da mais completa calmaria sendo lido durante uma partida de xadrez com as estrelas. Sei que os astros se movem em L. Estou aprendendo também a suspender alguns cadeados. Entre.
Entreaberta mente, as leis da natureza liberam-me do chão. E, sim, estou numa rede cujo balanço desenha o crescente da lua. Nesse meu chão paralelo e avarandado, plantei uma muda de gotas d'água. Gotas estas detentoras de pétalas que sempre, veja bem, sempre se extinguirão em bem-me-quer.
Chove em mim um tanto mais forte agora.
"Ao inferno minhas lamentações de outrora..."
domingo, 30 de janeiro de 2011
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
sobre o fim do Frankenstein
Ao meu ver, fora muito bem ceifado. Cortaram-lhe nos pulsos, tornozelos, órgãos genitais e o decapitaram. Qualquer parte que lhe fosse útil, entende?
Contudo, ele se manteve vivo pois o coração não fora extraído. E assim, ele bombeava sangue com sua força máxima. O sangue daquelas inúmeras pessoas acumulado.
E, os extremos decepados tornaram-se, de certa forma, uma arma. Os jatos cegavam, mas, antes disso, apavoravam. Enlouqueciam seus mutiladores.
Todos caíram em terra, inclusive ele próprio um minuto depois.
Apenas lamentou-se por terem lhe arrancado a cabeça fora pois o ângulo em que deixaram seus olhos não era lá de todo o melhor para admirar a cena. Suas mãos estavam meio distantes uma da outra para aplaudir. E seus pés...
Ah... seus pés. Dançavam loucamente ao compasso da melodia da morte, enquanto a lua aprovava tudo la de cima. E eu apenas corri antes que tudo isso acontecesse.
Ah, olha só... nem percebi que não soltei de sua mão até agora. Ei, peraí. Onde está meu coração?
Contudo, ele se manteve vivo pois o coração não fora extraído. E assim, ele bombeava sangue com sua força máxima. O sangue daquelas inúmeras pessoas acumulado.
E, os extremos decepados tornaram-se, de certa forma, uma arma. Os jatos cegavam, mas, antes disso, apavoravam. Enlouqueciam seus mutiladores.
Todos caíram em terra, inclusive ele próprio um minuto depois.
Apenas lamentou-se por terem lhe arrancado a cabeça fora pois o ângulo em que deixaram seus olhos não era lá de todo o melhor para admirar a cena. Suas mãos estavam meio distantes uma da outra para aplaudir. E seus pés...
Ah... seus pés. Dançavam loucamente ao compasso da melodia da morte, enquanto a lua aprovava tudo la de cima. E eu apenas corri antes que tudo isso acontecesse.
Ah, olha só... nem percebi que não soltei de sua mão até agora. Ei, peraí. Onde está meu coração?
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