a garganta que o alho
me alivia
meu cão que chora
o entusiasmo
o farol desse carro
apagado
o sobejo é com o alho
e as mandingas de sarar
garganta que aconselha
hoje se cala
ao seguir outra receita
de ruminar cravo
(como quem traz o fumo-
no lugar do amor-
no peito e me traga)
a goela de refluxo
o estouro melhor apuro
do gole com o travo:
hoje ou morro
ou só me engasgo
sábado, 22 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
fora
quem escreve sobre amor
toca
eu escrevo sobre minha natureza
torta
ou como, pelo sol
o aperto dos olhos,
desminto Lorca
não é de dentro:
a luz tá fora
toca
eu escrevo sobre minha natureza
torta
ou como, pelo sol
o aperto dos olhos,
desminto Lorca
não é de dentro:
a luz tá fora
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
ser vulto
há em mim a folga
alma em que a noite
descansa
(o sono de homem velho
uníssono
quietude de vó no crochê
virtude)
sobretudo dentre tudo
o que em mim se estoca
a poesia é o que ressobra
e me dobra
em mudez de ser só
um vulto
alma em que a noite
descansa
(o sono de homem velho
uníssono
quietude de vó no crochê
virtude)
sobretudo dentre tudo
o que em mim se estoca
a poesia é o que ressobra
e me dobra
em mudez de ser só
um vulto
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
O poste e O poste II
O poste
O poste vê:
sua saída
sua rotina
sua retina
seu olhar,
ao que direciona
sua pressa
O poste vê:
Milhares
de erros e
acertos e
desvios
de sexos
complexos e
afins
(Sílvia Macedo - http://sildamacedonia.blogspot.com.br/ )
O poste II
o que vê o poste
afobado quem se encoste
supõe ser da mansarada
o poste na via gasta
o poste finca a vista
em quem respira,
quem se afoga
o poste é duro agora
posto que cinza anseia
que sem demora
o homem pare
das copas da árvore
suas podas
(Maíra Dal'Maz)
O poste vê:
sua saída
sua rotina
sua retina
seu olhar,
ao que direciona
sua pressa
O poste vê:
Milhares
de erros e
acertos e
desvios
de sexos
complexos e
afins
(Sílvia Macedo - http://sildamacedonia.blogspot.com.br/ )
O poste II
o que vê o poste
afobado quem se encoste
supõe ser da mansarada
o poste na via gasta
o poste finca a vista
em quem respira,
quem se afoga
o poste é duro agora
posto que cinza anseia
que sem demora
o homem pare
das copas da árvore
suas podas
(Maíra Dal'Maz)
Assinar:
Postagens (Atom)