como fosse domínio do homem
o pico do cabugi, ou qualquer dos pontos altos da terra
e como se não fosse dar jeito na vida do homem
ela cai e é soterrada como pedrinha que se descola
ou qualquer matéria desgarrada que deve ficar ao chão
jamais no alto
e eu imagino quantas vidas que foram para que o pico do cabugi tomasse a forma
desse projeto de vulcão que nunca sofreu
com o ar quente dos gêiseres
ou o cheiro de enxofre que vem do desconhecido
mas o cheiro confundido com os das tantas raposas sem vida no acostamento
saindo do jovem displicente antagonista das recomendações “não vá”
como se fosse, portanto, domínio do homem
superar a natureza da mulher selvagem que recolherá
os ossos
na base do vulcão-pedra no deserto do sertão, onde os canos de adutoras distraem o passante, e cantará
para seus humores voltarem a correr ao redor
não do pico, mas dos corações parados em volta de um morro com formato de seio
o morro, o bicho morto e a mulher:
domínios por si, nunca do homem