quarta-feira, 23 de novembro de 2011

depois do livro de poemas

soa comum
curiosidade, senso comum:
indecisas conclusões
sobre causa e efeito
eu não sei
se intimidade tenho
ou se sou de vidro translúcido
se sou lúcido
se estou desnorteado
ou apenas orientado demais
mas agora estremeço ao frágil
não ao forte
prefiro a cólera ao deleite
não vejo futuro nas borras
não me vejo no futuro
mas em morrer não penso
apaixonado estava
mas um livro de poemas li
e já não me lembro por quem
então pelas minhas orelhas
voaram as borboletas
as do meu estômago
(antes do livro de poemas)
agora abraço um pranto
engasgado na página 92
"resíduo"
tudo soa comum
tudo soa comum
e Drummond, eu te digo:
aqui ficou o rato

4 comentários:

  1. Apaixonei-me por este. Prefeito. Alguém tem que te descobrir. Talento raro.

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  2. Alguém tem que te descobrir além de nós!

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  3. os versos 13 ao 26 com certeza foram uns dos mais lindos que já li na vida

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