terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Obediência

Há algo mágico
no repouso ao travesseiro
este, que sussurra:
- Levanta-te,
explode,
finde com isto.

No tempo o qual
o intervalo é a noite
sempre a culpada
e a vista não são
senão as grades
da janela defronte

E continua o travesseiro
a enfiar-me fagulhas de inspiração
pelas orelhas
- Vide, tuas lágrimas
não as quero aqui
levanta-te e salgue algum papel

Meu travesseiro é marcado
revestido das memórias
ele que já deveras maltratei
- Anda, tranque-se
Obedeci e levantei
Escrevi esse poema

Me redimi.

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