dessa Lisboa de pedra
a canção desse café Luso
escorre pela sua janela
De fora, o observo
com seu ar descansado
a voz que canta o verbo
parece tua, sobre teu fado
Então, faz-me uma serenata
como a que lhe venho dar?
doce e fresca como a mata
que irá se inundar
Será a fonte tuas papilas
que de sensíveis não se conterão
perdendo no caminho da saliva
esse pedaço de paixão
E, por fim, se desmancha
nessa onda de calor
causada pela dança
dessa serenata de amor