sábado, 30 de junho de 2012

A Alberto Caeiro

Diante do barulho confuso
dessa Lisboa de pedra
a canção desse café Luso
escorre pela sua janela

De fora, o observo
com seu ar descansado
a voz que canta o verbo
parece tua, sobre teu fado

Então, faz-me uma serenata
como a que lhe venho dar?
doce e fresca como a mata
que irá se inundar

Será a fonte tuas papilas
que de sensíveis não se conterão
perdendo no caminho da saliva
esse pedaço de paixão

E, por fim, se desmancha
nessa onda de calor
causada pela dança
dessa serenata de amor

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