sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Abri uma cerveja hoje. Bem sozinha em casa, com companhias em perspectiva mas, a opção mais sensata é a de estar sozinha. Então, abro aquela cerveja  tempos mofada da geladeira. Cerveja comprada para se dividir, não pra se embriagar, nem pra viajar. Se existe categorias divididas por quantidade de cerveja, essa estaria incluída na de apenas relaxar. Dar sono. Mas não pude dividir, não pude compartilhar o pão. Sem querer, embriaguei-me. Também não com gosto de loucura, não foi disso. Chorar sozinha também é questão de loucura, se pensarmos bem. Mas não foi. Eu vario das ideias, como diz minha mãe  Neste fatídico dia, a cerveja estava com gosto de saudade. Arrebatadora e cruel. Assim, pude esboçar uns versos, que foram esses;

a lucidez no copo
polarizada 

o amor em cheque
inimigo

o estouro das pálpebras
salgado

a consciência louca
algazarra

o verbo ambíguo
apaziguar

a ebriedade mórbida
cerveja

ele não sabia
mas ele tinha que saber


Depois dessa, eu preciso adormecer... 

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