domingo, 21 de setembro de 2014

nessa algaravia pensante
não vejo meu carro-chefe
abre-alas, sal, o qual

um beiral de prato
feito clarividência 
do profundo ato de não chegar
não estar, o mal quando o é

ausentar-se d'um espaço 
nele estando
sem mistério
sem qualquer outro motivo
essa coisa rasa, infusão
chá de malva

Um comentário:

  1. Acho que a última vez que li a palavra "algaravia" foi numa antologia de poesia portuguesa... não me recordo muito bem de quem era a poesia (Bocage? Florbela Espanca? Mario de Sá-Carneiro? Fernando Pessoa? - improvável)... Enfim, teu poema me matou... inesperadamente... as saudades dessa palavra... Abs.

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