segunda-feira, 24 de novembro de 2014

II

meu coração é como uma caixa de pandora
pouco aberta, pouca fuga
sob tuas mãos as pedras
sobre o branco das palmas
o negro do dorso
tuas mãos na iminência da abertura desta caixa
a mimese de puxadores de gaveta
das fechaduras de cofres

as pedras sob tuas mãos:
só vestígios do elemento último
indícios do antigo receptáculo de luz

Um comentário: