quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

cont. sumidouro

IV)
há um vulcão tão grande quanto H.
que tenta acompanhar
na violência do não-ciúme
como o pouso incessante das moscas onde não deveriam
nas troças escondidas:
toda uma munição roubada
e os tiros pra cima que voltam


porque H. é gigante quando fecha os olhos
quando se torna esse semelhante
quando dança na cozinha


quando trabalha
para amenizar os traumas dessa massa pesada
também
e escuta, dorme, morre, acorda, descansa, tatua


desvela-se em maciez,
vê a terra e o monte de Vênus
e contém o fogo dentro:


cratera inflama nua

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