arranje algum sangue, escreva num pano
(Luiz Melodia)
I)
outros tempos,
aquela compressão no peito
desbravando rios do Norte
na bolsa, Steinbeck
e um colar para ela
II)
eis que o curso d'água muda
e leva todas as pedrinhas miudinhas -
jamais usadas escondidas
numa gaveta de calcinhas -
em uma corrente para o Baldo
e lá, a linha com os nós nas pérolas,
encaixado um terminal de rosca,
arranha o zigoma saliente e
pesa já tépida sobre o externo
só então a permissão de levar à boca
oprimindo a gengiva dos dentes ausentes
III)
no pescoço - marcado
por brotoejas e sortilégios -
empertiga-se a dureza da pedra e,
contra o mar, devolve:
jamais esquecer este feitio de doçura
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