vou cantar a canção de Pã
Carlos Walker
o repentino assobio de tua flauta
reuniu todos os continentes
com o esforço de nascer novamente
a rosa temporã
extraio o musgo, limpo os vestígios
entre as duas unhas do teu casco fendido,
encontro um canto limpo e forro com avencas
a cama para descansar Pã
certa de que, para admitir tudo o mais,
conforme Wittgenstein,
basta que eu saiba que isto que se vê
é obra de sua mão
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