Na máquina do tempo, feita de aço e muito plástico, conta-se 17:10
fim do expediente de quem a manuseia conforme a terra fica para trás
perto do Equador, isso significa que, em tal voltagem, já é quase breu
um homem — meu Deus, era um homem —
aguarda sob a árvore, com sua mochila nos pés, e encara estes olhos
através do vidro, do pátio da geração que necessita de mais um burocrata
desacorçoado redigindo e aprovando obras de arte em editais
são, ao mesmo tempo, horas diferentes a depender do motor e do músculo
mesmo assim as luzes se acendem, porque não mudamos os trópicos
e não há nada mais forte que as lâmpadas de led histriônicas
ou maior sombra que aquela árvore de quem espera desde o sol
perto do Equador, isso significa que, em tal voltagem, já é quase breu
um homem — meu Deus, era um homem —
aguarda sob a árvore, com sua mochila nos pés, e encara estes olhos
através do vidro, do pátio da geração que necessita de mais um burocrata
desacorçoado redigindo e aprovando obras de arte em editais
são, ao mesmo tempo, horas diferentes a depender do motor e do músculo
mesmo assim as luzes se acendem, porque não mudamos os trópicos
e não há nada mais forte que as lâmpadas de led histriônicas
ou maior sombra que aquela árvore de quem espera desde o sol
no espelho convexo, aciono o incômodo — frente a minha própria imagem?
na luz vermelha em excesso para o astigmatismo; a sensação idem
uma bruxa sentada sobre meu peito cansado
na luz vermelha em excesso para o astigmatismo; a sensação idem
uma bruxa sentada sobre meu peito cansado
os caminhos abertos sob seu pé rachado
ambos de camisa polo, um rosa — como o céu no lusco-fusco
outro de branco, como as nuvens desesperançadas
precisamos nos entender mas jamais conversaremos
outro de branco, como as nuvens desesperançadas
precisamos nos entender mas jamais conversaremos
a máquina me levou para o inalcançável — o futuro, este que não lhe pertence
tampouco a qualquer um
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