cabeça quente, coração inflamado e estômago vazio:
todos os postigos da maior estrela escancarados para o sentinela
em cada pelo eriçado pela eletricidade do sonho e da calça de linho, a agulha fere o orgulho
arqueado em ritmo, de chapéu fedora, o sexo morto sempre andou a balançar-se em calças de estopa
carregar não sei o quê, não sei para onde — é isto que se entende por casa
e sonhar — que o sangue ralo, curtido no calor, é reduzido à exatidão do que se come
agora sabemos que jamais houve qualquer abrigo para a sombra
só não sabemos quando — exangue, sem suor ou signo — o sol abranda
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