terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Para agora

Com a incerteza da segurança daquela gruta repleta de estalactites onde a brisa entra e assobia, contornando-as, as mesmas de séculos atrás, levanta-se e choca a mente.
Diante de algo indescritível, portanto, dá-se o descortinamento de todo o sentido e isso torna-se ofuscante de tamanha beleza. Tamanha fragilidade, onde um movimento brusco é capaz de inverter os extremos e dar cabo dessa beleza. Onde vacilar não tem vez.
Aquilo que a sua mira decide enviar-nos ao seu futuro. Errado está você, se ainda o presente está passando.
Errado estava, perdão.
Cresceu como nunca, fechou os olhos e sentiu o infinito interior, definitivamente, jamais se deixar dimensionar.
Silenciou e constatou, apesar do clichê, a essência é raramente manifestada:
Ser hoje.
Viver hoje.
Deixa o vento amenizar todo obstáculo. O vento que assobiará entre a insegurança a mais bela canção e, ele mesmo, quebrará o vidro tênue que nos separa da beleza e impede de tocá-la.
Acontecendo no intervalo da sua respiração.

2 comentários:

  1. Ou isso ou ficar na caverna e ver apenas sombra. Ver sem "vi" não é viver.

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  2. "quebrará o vidro tênue que nos separa da beleza e impede de tocá-la.
    Acontecendo no intervalo da sua respiração'


    Dalmaz, não sou digno de nenhum comentário a altura.

    u.u

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