quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Torna-te real

São os ventos de Abril
Sopram, desenham e escurecem
Acredita que há horas atrás
Enraizaram-se em mim com um cheiro
Como um toque histérico
E seguem, obliquamente, capaz de exaurir,
Talvez, o mar mais profundo do meu íntimo
Descolorir o azul ou vermelho
Vulnerabilizar minh'alma
E esgotar meus segundos
Sem ao menos notar sua fúria
Ou apenas saciar-me e
Ainda, quem sabe, sonhar-te com meus olhos abertos
Sem receio de acordar, pois então já estaria desperta
Com ou sem um revés.

3 comentários:

  1. aeuahushuehauehauheuaea não leia! haha

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  2. aaaaaah, ventos de abril!


    =)

    a maneira como escreve me conduz, hiptonizaaaa.
    e esse texto so confirma o que eu sempre disse "a capacidade que vc tem de tornar algo aparentemente não notável, comum, simples em uma estrutura repleta de significados e interpretações é a caracteristica que eu mais AMO nos seus textos"

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