sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

sobre o fim do Frankenstein

Ao meu ver, fora muito bem ceifado. Cortaram-lhe nos pulsos, tornozelos, órgãos genitais e o decapitaram. Qualquer parte que lhe fosse útil, entende?
Contudo, ele se manteve vivo pois o coração não fora extraído. E assim, ele bombeava sangue com sua força máxima. O sangue daquelas inúmeras pessoas acumulado.
E, os extremos decepados tornaram-se, de certa forma, uma arma. Os jatos cegavam, mas, antes disso, apavoravam. Enlouqueciam seus mutiladores.
Todos caíram em terra, inclusive ele próprio um minuto depois.
Apenas lamentou-se por terem lhe arrancado a cabeça fora pois o ângulo em que deixaram seus olhos não era lá de todo o melhor para admirar a cena. Suas mãos estavam meio distantes uma da outra para aplaudir. E seus pés...
Ah... seus pés. Dançavam loucamente ao compasso da melodia da morte, enquanto a lua aprovava tudo la de cima. E eu apenas corri antes que tudo isso acontecesse.
Ah, olha só... nem percebi que não soltei de sua mão até agora. Ei, peraí. Onde está meu coração?

6 comentários:

  1. wow, desconcertante [2] e um tanto quanto enigmático.

    É pensante! muito! .__.

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  2. Muito bom..Meio Chico Buarque..lembrando um pouco "Cálice"..muito que viajar e pensar mesmo..
    então..Amei mesmo..

    Marcus Costa

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  3. Doidera! Gosto de ler coisas brutais com um ar poético...

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  4. Só quer ser Pitty na musiquinha do homem de lata, essa Mairinha NX0.

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  5. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, é o que, Mateus? que musiquinha é essa?

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