terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Raskólhnikov

era si próprio
uma espécie de subterfúgio
da loucura vívida
e radiante
toda a genialidade
e seus algozes
voltavam-se a ele
eram, pois, ele
o lobo da selva de pedra
fortificado pela decadência
o mister da fome
as vísceras d'um desnutrido
findou como quisera
a sociedade, cuja rasteira
foi apaixonar-lhe pela criatura
que nada tinha
nem a sua vida para juntar-se
a coisa alguma
mas a vida dele
findou, a ela
pertencendo

2 comentários:

  1. Incrível o poema... muito bom mesmo, você que criou? Desculpa por não ter me apresentando ainda, mas, meu nome é Jonathan Moura e gostei bastante do seu poema, estava começando a ler Crime e Castigo de vc sabe quem neh? E, fiquei confuso por quem seria o autor principal ou quem seria o pobre rapaz de que o livro relata, por isso pesquisei no Google a descrição de Raskólhnikov e apareceu o teu poema.. demais viu!! Meus Parabéns!

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  2. Oi, Jonathan. O poema é meu mesmo, o escrevi assim que terminei de ler Crime e Castigo, por sinal um livro sensacional! Muito obrigada, fico feliz que tenha gostado do que escrevi sobre Raskólhnikov. =)

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