Em adoração às águas de um rio
Cujo fluxo deságua no esquecimento
Apareço, desnudo, diante do sentimento
Romântico e anacrônico, por isso
Destino contempla a quarta margem
Donde encontrarei a azul myosotis
Azul tal como as águas do Letes
E dos pingos da noite sobre a garganta, ardis
Nesta margem, suas flores não hão de durar
Onde, após chegar, terei espasmos de sorriso
Pois que águas outras senão as do mar
Irresoluto descansarei em seu manto liso?
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