quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

poema para h. e as imagens

diz-me ao ler que gosta
de ter estado nas imagens
que boto no poema
no momento em que as vi

então antecipas o verso
me troca os ossos roídos
que eu rasgava aos bocadinhos
por novos passeios
para que eu possa continuar a ver
e a botar o que vimos
nestas letras

mas h., a surpresa
onde fica? quando você é a imagem?
ou quando são minhas respirações
e taquicardia noturnas e pernas bambas?
as músicas de striptease?

onde fica a surpresa, h.,
como ver sem ti?

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