sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

sobre o que merece brinde

à marina dal'maz

manifestou-se a ansiedade
finalmente, ela agradece
como a cura de um mal
a fuga de um cárcere

e cada qual assim
a engrenagem funcionou, ela berra
travando por vezes
mas viva por fim

poderá ainda interceder
mas por amizade, ela declara
como aquilo que não morre
porque a ideia não finda

se vier a padecer ainda
é alguém menor, ela admite
sabe que a bateria do tempo
é lânguida, mas não falha

dilacerante escrita
permanecendo, ela estranha
mas é a ausência das asas
que dessa vez repousa

liberdade sempre foi seu forte
que ela odeia, ela entende
mas autorizou a raiva
dela passar, dele o matar

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