segunda-feira, 13 de outubro de 2014

minha letra padece ao movimento da caneta
um exame do coração/ vários picos de pressão
marcando meus batimentos:
os animais do abate
todas as mortes que escondo no soutien

acompanhando todas as falhas das sinapses
dos espaços brancos, aqueles d'outrora brandos

do que falta, sobram as armas
letras em riste
atentas ao comando
no entanto,

venho sentar no muro
conversar:
bzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
mas as abelhas pedem silêncio
no escuro
um enxame soante
[como um ferrão
fundo, chaga de caneta
meu dedo travo, duro]

um dia, o besouro não me causará arrepio
pois não serão as abelhas a me pedir aquele silêncio
sombrio

2 comentários:

  1. Cenas com a poetização singular que lhe é cara... dessa vez com direito a incursões onomatopaicas. :)

    ResponderExcluir
  2. menena... cenas com a poetização singular que lhe é cara mesmo

    ResponderExcluir