sábado, 7 de fevereiro de 2015

madá ii. ou madalena de caravaggio

eu, vista como a madalena de caravaggio
coitada, acossada pelo que não vemos
passiva e lamentosa
pensando sobre os filhos de borges
e o whisk and bowl
que acreditam superar o presente nas multi formas
que não me falam tanto quanto o silêncio dos que estão tristes ou os ágrafos da esquina
e que se encortinam sob uma imagem turva
pois, sim, não se podem mostrar
não se podem revelar

pois ainda não souberam ser

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