na ida, toda a prerrogativa
de como cresce o que tem no escuro de dentro
quando se ouve algo que,
mesmo sem nenhum desígnio,
reproduz aquela prosódia da pena
volto-me, ainda na ida,
sob qualquer tenção de livrar na luz
o carro morre, os pedais erram
0. não há o auto pilot
sonho com o que atormenta
como penso em cada movimento:
1. não há disfarce, tudo é desejo consciente
2. não há outra vida, sonho com o que me atormenta porque quero
3. não há por que assentir tão facilmente
quando sonho, acrescenta-se a essa cobiça toda
uma avença, um contrato assinado
não o quebro, porque toda a vida humana é contratual
homo ludens, toda vida humana é convenção,
negócio, pacto
toda vida humana é uma técnica de fugir da verdade
como o riso num VHS de qualquer
[parto]
de qualquer comédia
Nenhum comentário:
Postar um comentário