as urgências vivas se apresentam
na madeira compensada da porta
quando a observo, ao acordar vertiginoso, tentar respirar
no ferro de passar roupas
rangido da mesa, cheiro de amaciante evaporado
no uniforme cinza do meu pai
num desonrado passeio no pensar,
esquecendo o que foi dito
no reticente cuspe retórico
"quando se morre de acidente [...]
[...]"
essas urgências vivem
nesse silêncio-alívio
no entortar da boca,
levantar de ombros
onde me retiro
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