quarta-feira, 2 de setembro de 2015

o mito do velho oeste

esta sujeira da BR que entra
pelas janelas mesmo fechadas
e pelo nariz, boca, pior que o fumo

qual fuligem que fica a resvalar como se pensa
e quando cobre dessa cor negra a mesa os cabelos que caem

quando se vive em um quarto
com doze metros quadrados
com paredes cor de fome

o rodo, a vassoura e as roupas no pé da parede
a parede.

onde estão os livros que em busca do tempo perdido
nunca li e sei de cor?

la prisionnière, não mais

fugitiva

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