segunda-feira, 1 de abril de 2013

Vide arquivo

Esta será curta.
Como uma vontade ausente de unir os termos, de criar um (nexo), deixar claro. Que a impaciência amadureça, longe da minha zona de conforto. Como um sofá de dois lugares que incomoda que ali não se encontre ocupado completamente. É compilação de todas as utopias, de qualquer muro, das insatisfações e do abismo entre as boas e péssimas músicas. Como querer parar de reclamar, de declamar, de aguçar. Há de vir o dia em que qualquer sinônimo de ventura caiba na ausência: para (vocês). Que venham (me) noticiar isso. Que nunca me digam isso. Como se assim, por si (só), por imanência ao ego, me façam compreender que o deserto d'alma, ou seu ermo, seja reconhecido como a tão almejada harmonia.

(Prosperidade) e identificação: de ser.

É sempre assim, não é? Que começa uma lembrança. Períodos curtos, linguagem simples. Meu personagem é o que está rodeado. Ele não é tão simples mas foi o que ficou de papo pro ar. O que deitou aquela tarde e a dormiu. Dormiu-a (me observem ferindo a Língua Portuguesa). Dormiu a tarde, à tarde, como se fosse à noite e esperou. Pacientemente, esperou que a ausência corrigisse. Imagino-o entre um sermão e outro. Uma fila de trânsito, um revés após um dia ruim. Imagino-o ao meditar quando o barulho está ensurdecedor. Começou assim: eu não me recordo. Começou uma inspiração surgir quando: eu não me recordo. Vou parar por aqui. Aproveito o ensejo para chamar de volta a prosa que esqueci quando ainda me lembrava dos motivos que me faziam escrever. Hoje não os lembro mais. Que belo dia para desistir de pensar. Aproveito a oportunidade para transcrever a nota de uma velha alma: Sente cá comigo se te afrontas a vida. Pois os que contam com o costume de tolerar o fado, taciturno e meditativo, me é companheiro.

Aproveitemos a volta.

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